sábado, 11 de dezembro de 2010


É impossível seguir em frente preso ao passado. Você quer uma mudança? Seja a mudança e para que aconteça todas as células do seu corpo devem anseiar por isso, e todo o seu ser deve lutar para conseguir se libertar. Um dia você acorda, depois de tanto sofrimento, e percebe que seu coração esta calmo, que sua alma esta limpa, que você esta bem e pronto para começar um novo capítulo.

Somos nós os culpados

Quando a vida não nos presenteia com um amor, nós fazemos um e caímos fundo nessa realidade inventada, nos perdemos nessa imensa paixão, sentimos tudo ao extremo. Começa tão inocente e tão perfeito. Esse tal amor que existe hoje e que foi nossa culpa, em 99,99% dos casos não são correspondidos então o que vem aí? Dor, culpa, raiva de nós mesmos… e depois não sabemos porque sofremos… quem procura, acha. Mas no fim da história somos verdadeiros inventores, inventores de uma explosão de sentimentos, de obra prima chamada amor.

Não sei... mas quem é que sabe?

A dias venho me sentindo fatigada das pessoas. Sei que nunca fui extrovertida e sociável mas isso não importava, não pra mim. Foi tanta cobrança pra mudar, tanta cobrança pra eu ser alguém que eu não sou que hoje me sinto completamente estranha, fora do lugar. Não consigo me relacionar com pessoas que não são próximas. As coisas são sempre diferentes pra mim, complicadas demais, tudo parece estar fora do meu alcance. É medo. O medo me impede, me trava, me apavora e algo que parece ser tão simples se transforma de um jeito que vira uma prisão. Talvez seja isso. Talvez eu seja prisioneira de mim mesma. Mas eu só queria mesmo que as pessoas respeitassem esse meu jeito e tentassem me entender, tentassem me ajudar de certa forma a sair disso e não ficarem cobrando, em cima só julgando e fazendo piadas. É isso, eu não me encontro. Me sinto perdida em um mar de gente, tentando achar algum caminho no meio da multidão mas ninguém se afastar pra eu o enxergar, pra ver o caminho adiante. Nunca foi tão difícil dar um passo a frente principalmente porque acontecimentos passados e todas essas vozes vêm me atormentar, me dar medo e me angustiar, e como cola me prenderem naquele mesmo lugar. Mas ninguém realmente se importa nem nunca se importou.
Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
…e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
… e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém… é simples… é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.


Luís Fernando Veríssimo
"Certas coisas a gente deve deixar adormecer e então falar baixinho pra não acordá-las pois voltarão mais fortes após o sono, então silêncio. Neste corpo reina um sentimento descansando… shhh."
 E que com esse tempo deixado de lado seja esquecido, seja finito.

São espelhos tudo o que encaro

Escrevi teu nome na umidade do espelho do banheiro e assim que coloquei a perninha do “A”, veio tua imagem refletida passar por de trás de mim. Sinto teu abraço e tua respiração no meu pescoço, quente assim como teu cabelo molhado que toca meu ombro. Você solta uma risada baixa ao ver o que escrevi e diz que eu realmente devo estar apaixonada por você. Escondo meu rosto na toalha, fingindo que estou apenas secando o cabelo, e não com vergonha, sem dizer nenhuma palavra .. até que você a puxa de mim e enrola seu corpo, perguntando o que vamos comer hoje a noite. Se você deixasse eu me secar, talvez eu pudesse fazer um macarrão para nós dois, que tal? Tudo bem, mas acho que o vinho acabou. Olha debaixo do armário, tem uma garrafa lá.
Vou para o quarto e começo a me vestir, até você aparecer na porta com a garrafa e abridor em mãos. Abre. Fraca. Olha aqui o fraca. Teus socos nem doem. Humpf. Toma aqui, vou só me vestir e já vou lá.
Teus dedos tocam os meus enquanto te entrego a garrafa e você me abraça, aqueles abraços totalmente inesperados e que me fazem sentir como a pessoa mais importante da terra. Me dá um daqueles beijos que me tiram o ar.
Jantamos sem trocar uma palavra, você me chuta com os pés e ri da minha cara suja de molho, enquanto eu faço caretas para você.Não joga molho no meu cabelo, acabei de lavar, ô. Fresca. Sorrisos eram trocados.
Eu lavava a louça enquanto você secava, sempre me batendo com o pano molhado. Boba. Bobo. Feia. Feio. Chata. Chato. Eu te amo. Eu .. eu também. […] Boba.
Por dentro, eu desabava. Sorriso. Era questão de tempo.
Abro os olhos e passo a mão sobre o espelho, e junto com seu nome era sua imagem quem desaparecia, para permanecer apenas na minha memória e dar lugar para que o espelho refletisse meus olhos vermelhos.
R. Phellipe (@rphellipe)

Verdade seja dita: é muito difícil esperar.